Por uma série de motivos o consumidor brasileiro acaba preferindo parcelar a sua compra. Em alguns casos ele fica com a sensação de bem estar pagando algum bem em prestações mensais, em outros o parcelamento é anunciado em tantas vezes sem juros.
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Aqui cabem duas observações, a primeira é a de que em doze ou seis vezes sem juros não existe, trata-se de propaganda enganosa, já que ninguém vende em parcelas sem juros, é claro que o mesmo está embutido nas prestações, entretanto na maioria dos casos você não consegue um desconto pagando à vista, ou seja, quem vende prefere ter o ganho financeiro do parcelamento e correr o risco de não receber a dar um desconto. Confesso que não consigo entender esta conta feita pela maioria das empresas.
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A segunda é que o consumidor não olha muito para os juros que está pagando, não se importa muito com o prazo ou se o bem sairá pelo dobro do seu valor original, ele olha somente se a prestação cabe no seu orçamento.
Por este motivo o parcelamento é um dos principais responsáveis pelo endividamento das pessoas. Por exemplo, quando você compra um o carro em 60 (sessenta meses) é necessário não perder de vista que durante cinco anos o seu orçamento estará preso ao valor daquela prestação e, durante este tempo, você precisará de outras coisas, e o pior é que algumas delas de caráter inadiáveis e como o seu orçamento está comprometido começam a ocorrer os problemas.
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O principal argumento de algumas dessas pessoas é o de que se não fizer dessa forma nunca conseguirão nada e acabam entrando em uma roda viva de problemas financeiros que acabam atrapalhando outros setores de sua vida.
Não estamos aqui pregando as pessoas abrirem mão de seus sonhos, em absoluto, porém não há a menor condição de realizá-los, sem planejamento, organização, controle, ou seja, se faz necessário que as pessoas se organizem para este fim e não comprarem por impulso e na emoção.
Sendo assim as pessoas precisam:
- Ter controle total de suas compras parceladas;
- Ter plena consciência do tempo que aquele parcelamento estará impactando o seu orçamento;
- O percentual das taxas de juros;
- Quanto sairá, ao final do empréstimo, o bem que você está comprando hoje; (excelente balizador para tomada de decisão)
- O valor da prestação mensal;
- Se existe alguma outra taxa de cobrança;
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Depois de tomar conhecimento de todas essas variáveis a decisão de assumir, ou não, poderá ser tomada, mas aí, estando totalmente consciente se suas finanças comportam esta decisão no curto, no médio e no longo prazo.
O que não podemos esquecer é que vivemos em um país que possue uma das maiores taxas de juros do mundo, de forma que financiar um bem de consumo sem estar completamente certo de como esta decisão afetará o orçamento é loucura.
Uma coisa que poucas pessoas levam em consideração é o fato de se estudar a possibilidade de em vez de se pagar a prestação, poupar este valor em alguma aplicação de renda fixa e se programar para comprar o bem daqui a alguns meses.
Disponibilizamos abaixo planilhas para ajudar a você em seu controle financeiro:
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