Recente pesquisa de orçamento familiar (2008/2009) feita pelo IBGE mostra que 68% das famílias que recebem até R$ 1.800,00 gastam mais do que ganham. A noticia boa é que houve uma grande melhora, com relação à pesquisa anterior, que mostrava um índice de 85%. A notícia ruim é que este índice continua muito alto. Imagine que de cada 100 pessoas , 68 gastam além de suas possibilidades.
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Um outro ponto a destacar é o de que o perfil do consumidor mudou, com relação a forma como se endivida. Antes o cheque especial estava em primeiro lugar, hoje o cartão de crédito está na crista da onda, ou seja, as pessoas estão trocando um produto de juros alto, por um de juros mais alto.
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Analisando bem, não é sensato fazer este tipo de coisa. Gastar mais que a sua renda já uma coisa difícil de entender, mas gastar onde se paga mais encargos financeiros, sugere falta de informação.
Como meio de pagamento, a migração do cheque para o dinheiro de plástico seria uma coisa, até natural, uma vez que tem sido assim no mundo todo, porém trocar um produto com juros muito alto, para um de juros mais alto ainda é, realmente, muito preocupante.
“Sugerimos: Conselhos de Deus a respeito do dinheiro”.
Sendo assim, já que isto já está acontecendo a passos largos, seria interessante fazermos uma abordagem de como viver de uma forma adequada com o cartão de crédito.
- Tenha apenas um cartão de crédito – Hoje em dia a oferta de cartões é tentadora, mas tem um detalhe que não podemos esquecer. As ofertas são muitas, mas a renda é sempre a mesma, então, dependendo da quantidade que venhamos a ter, basta usar mais de um para estarmos endividados. Sendo assim, resista a tentação e diga não as ofertas de cartões. Ter um já pode ser um problema, mais é pedir para se endividar. Aquelas pessoas que possuem as carteiras gordas devido a quantidade de cartões, são candidatas fortes ao endividamento, pois como dissemos a renda é uma só.
- Tenha um limite de acordo com a sua renda – Não adianta nada ter somente um cartão, com um limite que exceda à sua capacidade de pagamento. O limite deve ser compatível com a sua renda, ou seja, uma pergunta deve ser feita a você mesmo quando olhar para o seu limite, qual seja: Se utilizar todo consigo liquidar a fatura? Se a resposta for não, é necessário diminuir. As administradoras tem o maior interesse em dar um limite alto para forçar o pagamento mínimo, que é melhor dos mundos para ela e o pior para você.
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- Tenha total controle do total da fatura – Quando dizemos controle, é você saber em quanto está o seu saldo devedor antes da fatura chegar. Não é conferir se as compras efetuadas estão de acordo. Sem este controle é que, na maioria das vezes, as pessoas são surpreendidas, tomam susto e, aí, não adianta mais. A proporção que for comprando deve-se ir anotando os valores, com a finalidade de se verificar se não estamos estourando o nosso orçamento.
- Tenha total controle das compras parceladas – As compras parceladas se constituem no principal fator da perda de controle do consumidor, por isto o saldo total parcelado e o desembolso mensal, referente a este total, tem de estar sob controle, ou seja, se você fizer o que recomendamos acima, ir anotando, conseguirá saber a quantas andam seus débitos.
- Nunca pague o valor mínimo – Como dissemos acima este é o produto que possui os encargos mais altos do mercado. Se você pagar o valor mínimo, estará desembolsando um valor considerável mensalmente, para pagamento de juros as administradoras de crédito. Então jamais pague o valor mínimo.
- Simulação de Pagamento Mínimo – A título de ilustração colocamos abaixo uma simulação de um pagamento mínimo de uma fatura:
“Leia: Versículos bíblicos sobre dinheiro”.
Valor da fatura do mês – R$ 1.200,00; Pagamento mínimo – R$ 144,00; Juros Contratuais – 10.53% a. m.
Saldo devedor que fica com o pagamento mínimo – 1.200,00 – 144,00 = R$ 1.056,00
Juros para próxima fatura: 10.53% de 1.056,00 = R$ 111,20
Valor da próxima fatura: 1.056,00 + 111,20 = R$ 1.167,20, sem efetuar mais nenhuma compra.
Tendo em vista o colocado acima façamos uma reflexão: Foi pago o valor mínimo de 144,00, como ocorreu a cobrança de encargos sobre o saldo devedor que ficou no valor de 111,20, o que ocorreu na prática foi que o valor realmente abatido na conta foi de: 144,00 -111,20 = R$ 32,80, ou seja, foi como se o consumidor fizesse uma doação a administradora de crédito. Em vez comprar um presente para o seu filho, ou para si próprio, deu este valor. Então pagar o valor mínimo, além de significar que o consumidor já está enrolado, é uma estratégia péssima, não faça isto em hipótese alguma. O seu dinheiro é fruto do seu suor, então, não jogue fora.
“Não deixe de ler: O equilíbrio financeiro”.
As pessoas vivem dizendo que o dinheiro não dá, que ganham pouco, porém esta pesquisa mostra que o problema pode não estar nos princípios financeiros, mas sim no comportamento que cada um de nós tem na relação com o dinheiro, já que não é sensato gastar mais do que se tem.
Deus quer que usufruamos de tudo, porém existe um limite, a nossa renda.
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